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Předmět, akademický rok 2023/2024
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O mundo lusófono atual - APG100022
Anglický název: Contemporary Lusophone World
Zajišťuje: Ústav románských studií (21-URS)
Fakulta: Filozofická fakulta
Platnost: od 2023
Semestr: letní
Body: 0
E-Kredity: 4
Způsob provedení zkoušky: letní s.:
Rozsah, examinace: letní s.:1/1, Zk [HT]
Počet míst: neomezen / neomezen (neurčen)
Minimální obsazenost: neomezen
4EU+: ne
Virtuální mobilita / počet míst pro virtuální mobilitu: ne
Kompetence:  
Stav předmětu: vyučován
Jazyk výuky: portugalština
Způsob výuky: prezenční
Způsob výuky: prezenční
Úroveň:  
Poznámka: předmět je možno zapsat mimo plán
povolen pro zápis po webu
Garant: Mgr. Gilda Maria Seara Machado
Vyučující: Mgr. Gilda Maria Seara Machado
Třída: Exchange - 08.9 Others-Humanities
Exchange - 09.1 Modern EC Languages
Exchange - 09.3 Linguistics
Anotace
Poslední úprava: PhDr. Jan Hricsina, Ph.D. (13.09.2017)
Resumo
Uma viagem no tempo e no espaço através das culturas lusófonas, em que a descoberta das suas
variadas expressões segue a par de uma reflexão sobre as ideias de cultura e de lusofonia.
Apresentam-se instrumentos de navegação que permitam aos participantes o estudo dos fenómenos
culturais e exploram-se as possibilidades de uma antropologia da língua portuguesa.

Avaliação
A avaliação terá duas componentes:
Avaliação contínua – durante a semana, os estudantes terão de preparar algumas informações para
serem partilhadas na aula seguinte
Avaliação final – os estudantes terão de produzir um pequeno trabalho escrito sobre os temas em
debate durante o semestre

Programa
O programa será dividido em 7 módulos, cada qual inspirado por uma pergunta:

1. O que são as culturas lusófonas?
Como introdução ao curso, iniciaremos uma conversa sobre a ideia de cultura. O que significa falar
da cultura portuguesa, brasileira ou lusófona? Procurando referências comuns aos participantes,
regressaremos ao tempo dos contos de fadas. Falaremos sobre o Reino de Portugal e dos Algarve,
sobre o Reino da Boémia e o seu Sagrado Império, numa época em que e a identidade nacional era
ainda um evento esporádico, ao sabor de histórias de amor e sofrimento. A palavra cultura pouco
tinha a ver com um país ou uma nação. As expressões culturais em português seriam tão variadas
como os crioulos e dialetos falados no seu canto da península. Como exemplos dessa diversidade
ancestral, as celebrações populares hoje em Portugal e os modos de falar à portuguesa. Comparação
com a atual República Checa, os seus costumes e diversidades.

2. Como apareceu a cultura?
Depois do tempo dos contos de fadas, conversaremos sobre a época das luzes, da renovação da
educação, das leis e da ciência. Sobre como a ideia de “cultura da nação” nasceu em terras
européias e ganhou suas formas. Falaremos das reformas de Maria Teresa e José II num império e
do Marquês de Pombal no outro. Seguiremos para o caso dos checos e do seu renascimento cultural
e linguístico, comparado com a construção do Brasil independente e o desenvolvimento da
antropologia em Portugal. Aqui, realçam-se as intimidades entre a lei e a língua, a ideia de cultura e
a noção de raça, que nunca andando sozinhas, cresceram juntas e fizeram sempre parte de grandes
movimentos.

3. Como localizar as culturas lusófonas?
Os mapas desenharam os países, mas a cultura dificilmente se deixa apanhar em cores e linhas bem
definidas. Compararemos a nossa noção de espaço com a de povos indígenas brasileiros e
populações africanas, para pensar a relatividade das fronteiras. Outros exemplos da fluidez entre
identidades: a relação entre o Estado Novo português e o luso-tropicalismo brasileiro, o
desenvolvimento do carnaval e das religiões em terras brasileiras, as bruxas católicas em Portugal.
Debateremos as aventuras e desventuras das identidades checas, eslovacas, moravas, ou outras,
conforme as nacionalidades dos presentes.

4. Existem naturezas lusófonas?
Se falamos de identidades e dos modos de ser checo, português, brasileiro, invariavelmente temos
de acrescentar o corpo à cultura. Para isso, exploramos algumas antropologias lusófonas, como a de
António Damásio no campo da neurobiologia, a da natureza indígena brasileira, ou a do mundo dos
espíritos em terras africanas. Isso para chegarmos a uma visão mais abrangente dos fenómenos
humanos, da natureza e da cultura, que nos ajude a fazer a antropologia da língua portuguesa.

5. Como se afectam os lusófonos?
Procurando uma abordagem mais fluída e afectiva da cultura, rumaremos a Oriente, explorando os
paraísos e tormentos que ajudaram a criar as relações lusófonas em Macau, Goa e Timor.
Compararemos com o triângulo transatlântico e os seus tropicalismos, depois com a construção do
exotismo em terras da Boémia e na República Checa atual. Veremos como os desejos e receios
presentes influenciam as relações sociais e adquirem expressão nas ideias, nas práticas culturais e
nas identidades.

6. Onde estão os lusófonos?
Desde que as descobertas inauguraram a globalização, os falantes de português não mais deixaram
de se mover. Para seguir o rasto das suas expressões culturais, não podemos observá-las em
repouso, mas temos de vê-las em fluxo. Conversaremos sobre as migrações passadas e actuais entre
Brasil, Portugal, África, República Checa. Mediremos os limites das abordagens multiculturalistas.
Procuraremos alternativas para explicar as convivências e dificuldades que se criam nesses
contextos migratórios.

7. E os lusófonos não nativos?
Têm a palavra os participantes, explorando as suas relações com a língua portuguesa. Falemos da
construção pessoal e coletiva da lusofonia. E, em jeito de despedida, do quinto império, do
Bandarra a Agostinho da Silva, das possibilidades da convivência humana e da felicidade.
 
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